Olá {{nome_leitor | apaixonado por IA}}!

Entramos agora na parte mais interessante da série: quando deixas de pedir apenas respostas e passas a ensinar o modelo a pensar contigo.

Depois de aprenderes a estruturar, contextualizar e dividir o trabalho, chega a altura de aumentar a tua capacidade e abrir espaço à criatividade do modelo, mas sem perder rigor.

A Regra 11 (Incentiva a Criatividade) mostra-te como pedir ideias diferentes e ângulos novos sem ter em respostas aleatórias em loop.
A Regra 12 (Pede Citações) garante que o resultado tem base sólida e é possível confirmar.

TUTORIAIS E PROMPTS

Regra 11 — Incentiva a Criatividade (mas com critério)

A Regra 11 serve para desbloquear ideias novas, diferentes formas de abordar um tema ou variações de conteúdo.
O modelo, por defeito, tende a jogar pelo seguro. Se não lhe deres espaço, responde-te sempre da mesma maneira.

O truque é simples: dá-lhe liberdade com limites.

Como aplicar

  1. Define o tipo de criatividade que queres
    → ideias, ângulos, títulos, soluções, nomes, formatos.

  2. Limita o número de opções
    → depende muito do que estás à procura; escolhe um número que sintas confortável a analisar.

  3. Dá critérios de avaliação
    → pede que classifique impacto, originalidade e viabilidade.

  4. Garante que são diferentes entre si.

Exemplos para acrescentares aos teus prompts

1) ideias alternativas

“Cria 3 versões com estilos diferentes: uma segura, uma prática e uma mais ousada.”
“Dá 5 ângulos possíveis para abordar este tema, cada um com uma frase de resumo.”
“Apresenta duas soluções simples e uma ideia fora da caixa.”
“Mostra duas abordagens rápidas e uma mais aprofundada.”

2) reescrever textos

“Reescreve o texto em 3 estilos: directo, formal e criativo.”
“Mantém a informação, mas corta 30% das palavras.”
“Converte o texto em frases curtas e fáceis de ler.”
“Adapta o texto para ser lido em voz alta em 60 segundos.”
“Reescreve isto como se fosse um resumo para um gestor ocupado.”

3) aprofundar raciocínio

“Explica o raciocínio passo a passo, como se estivesses a ensinar alguém.”
“Mostra o processo mental antes de dar a resposta final.”
“Resume em 3 bullets o caminho que seguiste para chegar a esta conclusão.”
“Faz uma versão resumida do teu raciocínio em menos de 50 palavras.”
“Explica o porquê desta escolha em linguagem simples.”
“Simula o teu raciocínio interno (sem respostas finais), apenas as hipóteses.”

Regra 12 — Pede Citações (ou provas)

A Regra 12 é o oposto da anterior, mas funciona como o complemento perfeito.
Serve para confirmar a informação e travar o “palpite confiante” que é mais comum que o que desejamos.

Como aplicar

  1. Pede sempre fontes ou referências quando o conteúdo for factual (dados, estudos, legislação, datas).

  2. Define o formato das referências → link, autor, estudo, ano, relatório.

  3. Diz o que fazer quando não há fonte
    → “Se não tiveres confirmação, escreve [sem fonte] e explica porquê.”

Exemplos para acrescentares aos teus prompts

“Acrescenta uma secção ‘Fontes consultadas’ no fim.”
“Inclui X referências verificáveis.”
“Assinala [sem fonte] quando não encontrares confirmação.”

Dicas rápidas

  • Explora primeiro e valida de seguida.

  • Pede um número fixo de ideias.

  • Não digas “sê criativo”, orienta como queres que seja criativo.

  • Define o formato das referências (link, nome, estudo).

  • Usa “[sem fonte]” sempre que o dado for incerto.

Exercício (5 minutos)

  1. Escolhe um tema real → relatório, campanha, texto, aula.

  2. Pede 3 ideias criativas (Regra 11).

  3. Escolhe a melhor e pede 2 fontes que a sustentem (Regra 12).

  4. Se não houver, pede sugestões do que pesquisar.

Queres ter isto tudo pronto e organizado num único guia?

No final da série vou lançar o Playbook de Prompts → uma colecção prática com todas as Regras 1-15. Tudo o que precisas para criares os melhores prompts para as tuas necessidades.

Inscreve-te na lista de espera para seres avisado quando sair.

ÚLTIMAS DE IA

A OpenAI e a Broadcom anunciaram um acordo para desenvolver 10 gigawatts de aceleradores personalizados e sistemas de rede Ethernet para a próxima geração de clusters de IA.

Porque importa:

  • Autonomia total: ao projetar os seus próprios chips, a OpenAI passa a integrar o que aprende com os modelos diretamente no hardware, que pode ser um passo importante para atingir a superinteligência.

  • Infraestrutura aberta: o uso de Ethernet e soluções da Broadcom promete clusters mais escaláveis, eficientes e interoperáveis, reduzindo dependência de fornecedores únicos.

O que muda: depois de acordos com NVIDIA e AMD, a OpenAI completa o seu trio estratégico de hardware, o que vai permitir um crescimento exponencial à gigante da IA.

Um novo estudo revela que, desde novembro de 2024, a quantidade de artigos gerados por IA ultrapassou os escritos por humanos, apesar do crescimento ter estagnado desde maio de 2024.

Porque importa:

  • Mudança estrutural: o conteúdo online é agora maioritariamente criado por modelos como ChatGPT, Claude e Gemini, reduzindo custos mas que levanta dúvidas sobre a sua qualidade e transparência.

  • Visibilidade limitada: apesar do volume, a maioria dos artigos gerados por IA não aparece em pesquisas no Google ou ChatGPT, que sugere um baixo impacto real no tráfego.

Opinião: estamos a entrar numa fase em que a web vai ficar “mais estranha”: conteúdo cada vez mais automatizado, mais genérico e menos “útil”. Contudo, na minha opinião, é uma fase que nos vai levar a um verdadeiro infinito de conteúdo para consumirmos que será mais personalizado a nós (para o bem e para o mal).

A Google lançou o Veo 3.1, o novo modelo de geração de vídeo e áudio que alimenta o Flow (a plataforma cinematográfica da Google). Agora tem som integrado, maior controlo narrativo e ferramentas de edição melhoradas.

Porque importa:

  • Criação cinematográfica: o Flow permite combinar imagens, som e transições com precisão com várias ferramentas como “Ingredients to Video” a “Frames to Video” e “Extend”.

  • Edição completa: novas funções como Insert e Remove dão-te poder para adicionar ou apagar elementos, recriando cenas com realismo fotográfico.

Opinião: com a notícia acima e o Veo 3.1, podemos concluir que não só está cada vez mais fácil gerar conteúdo de qualidade, como vai ser cada vez mais difícil de separar o “real” do “criado por IA”.

A Anthropic lançou o Claude Haiku 4.5, o seu modelo leve mais recente. Este modelo tem um desempenho próximo do Sonnet 4, mas 3x mais barato e 2x mais rápido.

Porque importa:

  • Eficiência máxima: ideal para chatbots, agentes de atendimento ou programação em tempo real, que combina rapidez com alta inteligência.

  • Integração flexível: disponível na API, Claude Code, Amazon Bedrock e Google Vertex AI, é um substituto direto para modelos anteriores.

O que muda: o Haiku 4.5 vai permitir um acesso mais facilitado a desempenho de topo. Mas para já fica apenas acessível para developers, que vão conseguir construir mais apps com menos recursos.

A Anthropic lançou as Agent Skills, pastas com instruções, scripts e recursos que Claude pode carregar automaticamente para executar tarefas específicas, desde folhas de cálculo a guidelines de marca.

Porque importa:

  • Mais personalização: as Skills tornam o Claude um especialista no teu contexto. Podes criar Skills para processos internos, branding ou automações técnicas desenhadas às tuas necessidades.

  • Integração total: funcionam em todas as plataformas Claude (apps, Code e API), carregando apenas o essencial para manter a velocidade e a segurança.

O que muda: as Skills tornam o Claude muito mais útil no dia a dia. Agora podes automatizar relatórios em Excel, criar apresentações, preencher PDFs ou aplicar o tom e estilo da tua marca de forma consistente. Mas para já, só estão disponíveis para utilizadores Pro, Max, Team e Enterprise.

FERRAMENTA

Slidesgo AI Presentation Maker – Passa de ideia a diapositivos em minutos

Se tens de preparar uma apresentação (para trabalho, estudo ou cliente) e não queres perder horas com design ou estrutura, o Slidesgo AI Presentation Maker oferece uma forma rápida e acessível de gerar slides profissionais a partir de texto.

O que torna esta ferramenta interessante

  • Texto → PPT/Google Slides: basta inserires o tema, tom ou público, e o Slidesgo gera automaticamente a base da apresentação (estrutura + visuais) para editardes depois.

  • Escolhe estilo, tom e público-alvo: podes definir se é formal ou criativo, para negócios ou educação, e a IA adapta-se.

  • Edição simples após geração: embora a IA faça o “grosso” do trabalho, podes depois personalizar texto, cores, layout, e fazer o download em formato PPTX ou usar no Google Slides.

  • Templates prontos + biblioteca de recursos: tens acesso a modelos profissionais (mais de 100 opções) e podes combinar com imagens, ícones e gráficos para enriquecer a apresentação.

Para quem é?
Ideal para estudantes, professores, freelancers, pequenos negócios ou qualquer pessoa que precise de criar apresentações visuais impactantes mas sem ser designer. Se te falta tempo ou paciência para estruturar cada slide, esta ferramenta reduz muito o esforço.

Por que usar já?

  • Poupa tempo: em vez de começarmos do zero, tens uma base pronta e ajustável.

  • Acessível: há funcionalidade gratuita para testar — vais poder experimentar antes de comprometimento.

  • Versátil: permite-te focar no conteúdo (o que vais dizer) e não tanto no “como o vais apresentar”.

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FERRAMENTAS QUE USO

Beehiiv — Faz crescer a tua newsletter com referrals, páginas e analytics. [-20% nos 3 primeiros meses]

ManyChat — Automatiza WhatsApp/IG/FB e capta leads 24/7. [-30% por 3 meses]

HeyGen — Avatares e dublagem de vídeos em vários idiomas, em minutos.

Relay App — Orquestra tarefas repetitivas entre apps sem complicação.

Lovable — Cria websites/landing pages com IA em minutos, prontos a converter.

A criatividade sem critério é palha. O rigor sem espaço para ideias novas é restritivo.
Por isso, as Regras 11 e 12 ajudam-te a equilibrar os dois lados: pensar fora da caixa, mas sem inventar factos.

Na próxima edição: Regra 13: Faz uma pergunta de cada vez, a forma mais simples de aumentar a clareza e a qualidade das respostas.

Até à próxima edição! E lembra-te, quando se trata de inteligência artificial, "AI é Fácil!”💡

Um abraço,

Tiago

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