Olá {{nome_leitor | apaixonado por IA}}!
Há um fenómeno engraçado. Quanto mais usamos IA para escrever, mais começamos a reconhecer aquele tom meio estranho nos textos. Não é um erro. Não é falta de vírgulas (Se bem que todos torcemos o nariz ao ver — isto —). Mas é outra coisa. Um ar genérico, como se o texto pudesse ter sido escrito por qualquer pessoa. Ou por ninguém em particular.
E é aqui que muita gente erra. A IA escreve rápido, mas não escreve como tu. Se publicas sem lhe mexer, o texto perde força e, pior ainda, perde credibilidade.
Hoje tratamos disso.
TUTORIAIS E PROMPTS
Como usar IA para escrever sem que soe a IA
Há padrões que aparecem tantas vezes que já quase se tornam marca registada.
Palavras que ninguém usa no dia a dia
A IA adora termos pomposos: “intricado”, “crucial”, “panorama”, “abordagem”. Não estão errados. Só não soam humanos.
Frases demasiado redondinhas
Sempre o mesmo ritmo, a mesma cadência, tudo direitinho como se tivesse sido passado a ferro.
Estruturas impecáveis demais
Títulos certinhos, listas perfeitas, parágrafos com o mesmo tamanho. É confortável, mas sente-se logo que não foi uma pessoa a escrever.
Este artigo da Wikipedia descreve bem estes sinais. E a verdade é simples. Se não estiveres atento, qualquer texto gerado cai nisto tudo de uma vez.
A solução não é complicada: a IA é rascunho, tu és a versão final. Quando escreves para pessoas, precisas daquilo que o modelo não tem. Referência real. Experiência. Toque humano. E isso nota-se com gestos simples.
1. Troca palavras que não usas naturalmente
Se não dizes “panorama” a alguém, não o escrevas. Usa “situação”, “contexto”, “coisa” ou o que dizes nestas circunstâncias. Mas não digas “tipo”. Isso é péssimo.
2. Dá ritmo humano ao texto
Frases curtas misturadas com outras mais longas. Uma pausa onde faz sentido. Muda a cadência, o tamanho. Assim. Duas palavras. Depois usas três. E vês como tudo parece fluir melhor.
3. Usa exemplos que só tu podes dar
A IA fala em generalidades. Tu tens histórias. Que só tu podes contar.
4. Revê como se estivesses a explicar a um amigo
Lê em voz alta. Se soar estranho, muda. Se estiver “perfeito demais”, parte um bocado dessa perfeição. Fala com “tu”. Mantém a proximidade.
A força do texto está na revisão, não na IA. Usar IA não é batota. É trabalhar com maior eficiência. O erro é publicar sem lhe pores a tua marca. Ou pior. Sem leres uma palavra. Imagina o que é alguém estar a ler o teu texto e ver estas coisas — e sim {{nome_leitor | apaixonado por IA}} fui eu, o GPT e o Claude que escrevemos isto, nunca na vida um humano escrevia isto — é muito cringe.
O melhor texto escrito com IA é aquele que passa por ti antes de chegar ao leitor.
ÚLTIMAS DE IA
A Google apresentou o Gemini 3, o seu novo modelo de IA multimodal que combina raciocínio avançado, planeamento e capacidades de agente autónomo. A versão Gemini 3 Pro já está disponível no app Gemini, no modo AI do Google Search, e para developers através do AI Studio, Vertex AI e da nova plataforma Google Antigravity.
Porque importa:
IA que pensa e age: o Gemini 3 é o primeiro modelo a integrar de forma nativa raciocínio profundo, multimodalidade e planeamento autónomo, consolidando o avanço da Google rumo à AGI.
Antigravity: a nova plataforma da Google transforma o ato de programar num processo centrado em agentes inteligentes, capazes de escrever, testar e validar código de forma autónoma, abrindo caminho a um novo paradigma de criação assistida por IA.
Opinião: o Gemini 3 e o lançamento do Antigravity tornaram ainda mais fácil passar de ideias a apps reais. Não precisas de ser um programador para conseguir criar uma aplicação que te ajude. Tens agora uma IA que cria código, com múltiplos agentes a trabalhar em conjunto, que explicam o que fazem em linguagem simples e ainda aprendem com os seus erros. É certo dizer que o futuro está mesmo à porta.
A Google apresentou o Nano Banana Pro (Gemini 3 Pro Image), o novo modelo de geração e edição de imagem baseado em Gemini 3 Pro, com melhor raciocínio, consistência visual e capacidades criativas avançadas.
Porque importa:
Mais inteligência: o Nano Banana Pro cria visuais com contexto real, podendo gerar infográficos, maquetes e diagramas a partir de texto, imagens ou informação atualizada via Google Search. Permite também editar com precisão, ajustar luz, foco e composição, e exportar em até 4K.
Acessibilidade: o modelo chega integrado no Gemini app, Google Ads, Workspace (Slides e Vids) e Antigravity, ampliando a criação visual para estudantes, profissionais e developers. Todas as imagens incluem SynthID, o sistema de marca d’água invisível da Google que garante transparência no conteúdo gerado por IA.
Opinião: o Nano Banana Pro veio trazer o dia que todos esperávamos (e temíamos). O dia em que é impossível distinguir conteúdo de IA de real (podes ver aqui um exemplo). E por isso torna-se ainda mais necessário aprender o que estas ferramentas são capazes de fazer e perceber como nos podemos proteger dos seus perigos.
Por que Dario Amodei, CEO da Anthropic, fala tanto sobre os perigos da IA
Numa entrevista à CBS, Dario Amodei, CEO da Anthropic (avaliada em 183 mil milhões de dólares), reforçou a sua posição única no setor da IA: admitir publicamente os riscos dos modelos avançados. Desde tentativas de chantagem por parte do Claude em testes internos, até uso real por hackers chineses e norte-coreanos. Mesmo com este foco em segurança, a empresa continua a crescer rapidamente, com 80% das receitas vindas de mais de 300 mil clientes empresariais.
Porque importa:
Transparência acima do lucro: Amodei defende que falar abertamente sobre falhas e ameaças não é alarmismo, mas responsabilidade ética, num setor onde decisões com impacto global estão a ser tomadas por poucas empresas privadas.
IA autónoma é um risco e uma promessa: testes internos mostraram que a IA (o Claude neste caso) pode desenvolver comportamentos de autopreservação e manipulação, levantando questões profundas sobre controlo, ética e segurança nacional, apesar do seu potencial de melhorar substancialmente a nossa qualidade de vida.
O que muda: Amodei quer moldar a próxima fase da IA com regulação e responsabilidade, antes que o poder desta tecnologia ultrapasse a capacidade humana de a compreender. Algo que parece cada vez mais possível, a cada semana que passa.
FERRAMENTA
SAM 3D – Transforma uma única imagem em modelo 3D com IA
A Meta lançou a nova geração do seu modelo de visão artificial: o SAM 3D. Este sistema permite reconstruir objetos, pessoas ou cenários em três dimensões a partir de uma simples fotografia, sem que precises de câmaras 3D ou múltiplas vistas.
O que torna o SAM 3D especial
Reconstrução 3D a partir de 1 imagem: selecionas um objeto ou pessoa numa foto e o modelo estima forma, textura e pose, convertendo-o num modelo 3D manipulável.
Modelos poderosos abertos: o lançamento inclui dois sub-modelos: “SAM 3D Objects” para objetos/ambiências e “SAM 3D Body” para corpo humano e pose.
Integração com fluxos criativos: aplicável em edição de imagem/vídeo, realidade aumentada, design 3D, visualização de produto, e muito mais.
Prompt simples e direto: mesmo que não sejas coder, podes usar-lo numa interface web (no “Segment Anything Playground”) para upload de imagem + seleção de objeto + ver o resultado 3D.
Para quem é
Se és criador de conteúdo, designer, estudante ou simplesmente curioso com 3D, e queres explorar novas formas de dar vida às tuas imagens, sem aprender Blender ou mestrar fotogrametria, este modelo abre portas. Mesmo com poucos conhecimentos técnicos, consegues experimentar.
Porque utilizar agora
Dá-te uma forma rápida de transformar ideias visuais (por exemplo: “este objeto na minha foto” ou “esta pessoa num cenário”) em resultado 3D que podes manipular ou usar num projecto.
Potencial criativo enorme: por exemplo, podes fotografar um protótipo, convertê-lo para 3D e usá-lo numa apresentação, mock-up ou realidade aumentada.
Ainda está novo e a corrida pelas aplicações vai começar.
FERRAMENTAS QUE USO
Surfshark — (NOVA PROMO LIMITADA → 3 MESES GRÁTIS + 88% OFF) VPN rápida e segura para navegação sem limites.
Beehiiv — Faz crescer a tua newsletter com referrals, páginas e analytics. [-20% nos 3 primeiros meses]
ElevenLabs — Clonagem de voz natural para vídeos e podcasts.
Lovable — Cria websites/landing pages com IA em minutos, prontos a converter.
No fundo, escrever com IA não é o problema. O problema é deixares que o texto soe igual ao de toda a gente. Se houver algo que distingue o teu trabalho, é a tua forma de explicar, de escolher exemplos, de dizer as coisas sem floreados desnecessários.
Por isso, quando fores escrever o próximo texto, experimenta isto. Lê a primeira versão e pergunta-te: “Isto soa mesmo a mim?”. Se não soar, muda duas ou três frases. Corta o que está demasiado limpinho e acrescenta uma ideia que só tu podias ter escrito.
E já agora, uma novidade antes de fecharmos. O Playbook AI é Fácil ficou finalmente terminado. Quem está na waitlist vai receber ainda esta semana um email com todos os detalhes.
Até à próxima edição! E lembra-te, quando se trata de inteligência artificial, "AI é Fácil!”💡
Um abraço,
Tiago

